Muitos dizem que os seres humanos não podem ressuscitar dos mortos. Bem, e se eles conseguem? Segundo Rod Brouhard, paramédico de emergência médica, existem dois tipos de morte: morte clínica e morte biológica. Ambos os tipos de morte significam que o paciente está tecnicamente morto, mas cada termo se refere a um nível diferente de permanência. Um é reversível; o outro não é (Brouhard).
Em primeiro lugar, a morte clínica é análoga à parada cardíaca. É quando o coração ou a respiração do paciente para. Surpreendentemente, a morte clínica é um tanto reversível e os pacientes podem ser reanimados através da prática da criogenia. A criogenia é a prática de resfriar tecidos orgânicos mortos; é usado em humanos ou animais que morreram recentemente. Ao realizar a criogenia num paciente, a esperança é trazê-lo de volta à vida num futuro próximo. Por lei, a prática só pode ser realizada em indivíduos depois de estes serem legalmente considerados mortos (“O que é Criónica?”). Muitos cientistas e médicos apoiam a prática da criogenia. Porém, há vários que acham que esta prática é totalmente inútil.
Os defensores da criogenia têm uma esperança brilhante de que esta prática permita a regeneração de tecidos e órgãos danificados de uma pessoa morta. Eles também acreditam que através da criogenia, a memória e a identidade do paciente permaneceram e seriam armazenadas no cérebro. Brian Wowk, Ph.D. em física médica e criobiologia, afirma que a criogenia pode ser alcançada usando um fluido que preserva a função cerebral. Este fluido é construído para salvar as estruturas celulares do cérebro, onde residem a memória e o conhecimento da identidade. Como tais fluidos e técnicas já foram desenvolvidos ou estão em desenvolvimento, aqueles que apoiam a criogenia têm a esperança de que, à medida que a tecnologia avança, estas ferramentas serão capazes de trazer as pessoas de volta dos mortos.
Pelo contrário, também há pessoas que se opõem à prática da criogenia. De modo geral, uma criopreservação neuro, ou apenas da cabeça, custa cerca de US$800.000, enquanto a criopreservação de corpo inteiro, ou congelamento de um cadáver inteiro, pode custar pelo menos US$200.000 (“Quanto”). Entendendo que a criogenia é um processo caro, muitos acreditam que é uma perda de tempo e dinheiro investir numa prática que ainda não teve sucesso comprovado. Os críticos afirmam que, como não existem provas concretas de que a identidade e a memória de uma pessoa possam ser restauradas após a morte, então os médicos e cientistas não deveriam tentar o processo.
Atualmente, ninguém foi reanimado pela criogenia, mas com a esperança de que a tecnologia futura melhore, um dia, poderá haver uma oportunidade de a doença e o envelhecimento serem reversíveis.
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